• Skip to primary navigation
  • Skip to main content
  • Skip to primary sidebar

Charles Eisenstein

  • About
  • Essays
  • Videos
  • Podcasts
    • Charles Eisenstein Random
    • New and Ancient Story Podcast
  • Courses
    • Climate — Inside and Out
    • Conversations with Orland Bishop, Course One
    • Conversations with Orland Bishop, Course Two
    • Conversations with Orland Bishop, Course Three
    • Dietary Transformation from the Inside Out
    • Living in the Gift
    • Masculinity: A New Story
    • Metaphysics & Mystery
    • Space Between Stories
    • Unlearning: For Change Agents
  • Books
    • The Coronation
    • Climate — A New Story
    • The More Beautiful World Our Hearts Know Is Possible
    • The Ascent of Humanity
    • Sacred Economics
    • The Yoga of Eating
  • Events
  • Donate

Amazônia: como curamos um coração ardente?

June 21, 2020 by Charles Eisenstein Leave a Comment

June 2020
Tradução de: Fábio Marinho e Marcelo Michelsohn. Existe uma versão em inglês deste ensaio.


Como muitas pessoas, fui profundamente afetado pelo que tem acontecido na Amazônia em 2019.

O desmatamento atingiu o dobro dos níveis do ano anterior devido à extração de madeira e aos incêndios, muitos deles provocados deliberadamente para limpar a terra para soja e gado, empurrando a linha vermelha cada vez mais fundo no coração da floresta amazônica.

Os grileiros armados estão deslocando os povos indígenas e matando aqueles que resistem. Até terras legalmente protegidas estão sendo desmatadas e destruídas. É simplesmente terrível. E eu sinto, às vezes, essas ondas de desamparo, como se estivesse assistindo a um acidente de carro em câmera lenta. A dor é tão forte – o que eu faço com ela?

A armadilha do ódio

Eu notei uma armadilha, um desvio dessa energia emocional que finge direcioná-la para a mudança, mas na verdade a neutraliza. A isca da armadilha é o convite: “Pegue essa energia e use-a para odiar alguém. Para culpar alguém. Converta-a em raiva”.

Essa história, essa armadilha de focar na “pessoa má”, transforma raiva saudável em ódio, um desvio que torna qualquer um menos capaz, menos poderoso e menos ativo. A solução que o ódio oferece é lutar com alguém, encontrar um inimigo e entrar em guerra com ele, presumindo que vencer a guerra resolve o problema. Então, colocamos a culpa no Bolsonaro ou nos madeireiros ilegais, nos fazendeiros, no agronegócio, nos consumidores… E, no fim, em nós mesmos.

Certamente, em um nível, essas pessoas são culpadas. Mas quais condições deram origem ao problema? Se nos concentrarmos nos responsáveis mais próximos por esses atos, corremos o risco de cair no padrão cultural geral de atacar o sintoma e ignorar a causa.

O ódio e a culpa desviam a atenção do conjunto de condições que realmente gera o problema: as condições que deram origem a um Bolsonaro; as condições que levam à queima da terra. Isso inclui condições econômicas, como, por exemplo, a austeridade neoliberal e o sistema econômico global baseado em dívida, que, sob o pretexto do “livre comércio”, força países em todo o mundo a acabar com seus recursos naturais para gerar divisas a fim de pagar suas dívidas. A consequente pobreza, desigualdade e colapso social alimentam a raiva popular, que demagogos de direita canalizam habilmente para o nacionalismo e outros ismos, piorando, no fim das contas, as próprias condições que os levaram ao poder. Aqueles que apoiam Bolsonaro (ou mesmo Trump) não são pessoas más. Vê-las como tal é entrar em uma ilusão – a mesma ilusão que aflige esses apoiadores, que atribuem seus problemas a um grupo de pessoas más também.

A desumanização, através da degradação dos habitantes indígenas da floresta, também faz parte das condições que possibilitam a destruição da Amazônia. E essa degradação se estende à floresta em si. Tornar alguém menos do que plenamente humano, através do racismo, do sexismo ou atribuindo-lhe o status de “deplorável”, é a mesma maneira de pensar que não considera a Terra viva, consciente e sagrada, mas simplesmente uma coisa ou um depósito de recursos. Esse sistema de crenças lubrifica as rodas da máquina de derrubar florestas, descartar resíduos e destruir o mundo, mantendo à distância nossa dor e pesar pelo que está perdido. Esse clima psíquico ou ideológico juntamente com o clima econômico e político prepararam o cenário para que aqueles que culpamos desempenhem seu papel.

Se essas condições não mudarem, mesmo que derrubemos Bolsonaro, haverá outro Bolsonaro. Outras pessoas responderão a essa pressão sistêmica para encontrar algo que possam converter em dinheiro (e por que não a Terra, quando ela é apenas uma coisa?)

Quando entendemos as condições profundas, não ficamos limitados a travar uma luta. Essa é uma receita certa para o desespero, porque é impossível uma guerra contra o complexo militar-industrial-agrícola-farmacêutico-ONG-educacional-prisional-industrial. Ele é muito melhor em guerra do que nós. Ele tem o poder. Tem as armas. Tem o dinheiro. Possui a tecnologia de vigilância. Nós não vamos vencer essa guerra.

Eis aqui um plano melhor: em vez de vencer uma guerra, vamos mudar as condições. Todo mundo pode fazer parte disso, porque se as condições são tudo, então qualquer ato de cura também afetará, no fim das contas, a floresta amazônica.

Isso não quer dizer que você não deva fazer algo diretamente em relação à Amazônia. Podemos ajudar as muitas organizações que apoiam a resistência indígena e os ativistas ambientais brasileiros. Aqui estão algumas endossadas, por sua integridade e eficácia, por pessoas em quem confio, algumas trabalhando no campo:

Amazon Watch
Survival International
Amazon Frontlines
Forest Peoples
Imazon
COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira)
IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia)
Instituto Socioambiental

Além disso, vamos considerar os méritos de um boicote a produtos brasileiros, especialmente carne bovina. E tenhamos cuidado, porque um boicote será contraproducente se vier de uma atitude de ódio, punição e segregação do outro. Afinal de contas, não foi exatamente essa a mentalidade que nos trouxe até aqui? O ódio e a desumanização intrínseca a ele ocultam as nuances e encobrem a complexidade. Quem será prejudicado por um boicote? Como é ser um dos milhões de agricultores pobres que apoiam Bolsonaro? O mundo é complexo. Se formos honestos conosco, geralmente não saberemos o que fazer. E essa honestidade é um bom ponto de partida. O ódio e a culpa escondem o não-conhecimento, oferecendo um falso conhecimento e uma ação fácil que não toca a raiz do problema e pode piorá-lo.

Talvez você tenha uma oportunidade de proteger diretamente a Amazônia, um caminho de ação claro. Para muitos, é difícil encontrar algo além de, talvez, dar algum dinheiro, assinar uma petição e seguir em frente como sempre. Daí o sentimento de impotência. É aqui que entra em cena o reconhecimento do “conjunto de condições” mais profundo. Como as condições que levam ao desmatamento e, na verdade, ao ecocídio em todos os lugares, não estão acontecendo apenas no Brasil, qualquer ato de cuidado, de cura ecológica ou social faz parte do mesmo projeto: a cura desta Terra.

Oração em ação

Imagine que você está em sua cama, doente, sofrendo muito, decidindo se vale a pena o esforço de se curar. Ninguém está visitando você. Os médicos e enfermeiros estão lhe insultando e destratando. Em vez de remédio, eles lhe dão veneno. Você pode se curar assim? Provavelmente não. A vontade de viver requer um tipo especial de alimento: a experiência de ser amado, necessário e valorizado.

A Terra está em uma cama, doente, e ela precisa do que qualquer um de nós precisaria. Ela precisa de cuidados em vez de veneno, e precisa saber que é querida. Tudo o que você faz que afirme o desejo de uma Terra viva, e não morta, tudo que está a serviço da vida, todo ato que advém do amor a um lugar, uma pessoa, uma comunidade, tudo isso é uma oração e uma mensagem para Gaia dizendo “Nós amamos você. Nós queremos você. Precisamos de você. Você não está sozinha.”

A oração em ação é mais poderosa do que as palavras, porque aquilo que escuta nossa oração sabe que estamos falando sério, que nossos desejos são sinceros. Suas orações pela Amazônia serão ampliadas quinhentas vezes quando você as canalizar através da câmara de ressonância que é realizar um ato de cuidado fora do comum. Encontre algo fora da sua rotina normal, que represente uma mudança, um sacrifício de uma coisa e um acréscimo de outra. Talvez o sacrifício de um hábito de ficar diante de uma tela e o acréscimo de um jardim. Altere sua vida, e um sinal sutil emana para o mundo, pedindo que ele se alinhe à sua nova escolha.

Nenhum de nós está desamparado. Podemos nos sentir impotentes, enquanto estivermos presos a uma ideologia que diz que alguns atos são importantes e outros não. Mas quando sabemos que um ser sagrado (Deus, espíritos, a própria Terra… você não precisa escolher apenas um!) vê tudo o que fazemos e registra aquele ato como uma oração convocando um futuro alinhado a ele, sabemos que não estamos desamparados. Tudo importa e cada um importa. O desespero só é possível na negação disso.

Note bem: é precisamente a negação disso, a negação de que tudo e todos são importantes, que permitiu a ruína de povos, lugares, águas e florestas ao redor do mundo.

Bem, essa é uma boa filosofia, mas como essas ações remotas realmente ajudarão a terrível situação no Brasil? Não sei, mas confio no princípio da ressonância mórfica que diz: “Uma mudança que acontece em qualquer lugar cria um campo para que a mesma mudança comece a acontecer em todos os lugares”.

A mudança que estou falando é uma mudança de coração. É uma mudança de percepção. É uma mudança em nossa história do mundo que nos orienta sobre o que fazer, quem somos e por que estamos aqui. Imagine o poder do campo morfogenético de uma mudança de coração e uma nova história se espalhando globalmente. Como seria o Brasil então?

Esse é o meu plano. Não sei como especificamente isso vai mudar a situação no Brasil, mas sei que estou aprendendo a confiar nesse princípio causal da ressonância mórfica. Estou aprendendo a confiar no conhecimento inato de que todo ato tem significado cósmico, que nenhum ato é desperdiçado.

Estamos prontos para viver dessa maneira? É uma mentalidade tão diferente daquela que gera desespero e destrói a Terra, tão diferente da perspectiva do eu separado em um mundo de outros, interagindo para fazer a mudança acontecer pela força num universo morto, mecânico, onde nada do que eu faço poderia ser suficiente.

E se o universo não funcionar assim? E se tudo estiver interconectado? E se o eu e o outro nos entrelaçarmos e houver uma conexão íntima entre o que acontece dentro e o que acontece fora?

E se fizermos parte de um universo vivo?

Se assim for, então o desespero é ilógico. Isso não significa que magicamente, de repente, temos um plano para parar o desmatamento na Amazônia, mas podemos seguir um plano além da nossa concepção, à medida que cada passo é oferecido diante de nós. Essa visão é uma função do coração. Quando a mente não sabe como ir do ponto A ao ponto B, pelo menos podemos reconhecer o próximo passo em direção a um destino que o coração sabe que existe. É irracional, porque a mente diz: “Como poderíamos chegar lá? Olhe todos os obstáculos! Olhe os poderes colocados contra nós! É impraticável, ingênuo, irreal”. E isso é simplesmente porque a mente (se ela cresceu na sociedade moderna) foi imersa em uma lógica de separação.

Não que a mente seja inútil, ela precisa apenas ser realinhada à lógica da interconexão, interexistência, ressonância mórfica. Então, mente e coração podem se juntar como aliados.

A bússola do coração

O que estou propondo não é um desvio espiritual com relação ao que está acontecendo no Brasil. Não é um substituto para a ação. É um princípio, uma orientação, que deve basear qualquer ação que possamos tomar. Como chega para você essa lógica da ressonância mórfica, de todo ato ser uma oração, de vivermos em um planeta vivo e amoroso? Pensar dessa maneira o torna mais passivo ou menos? Isso o paralisa? Ou encoraja?

Saiba como reconhecer se uma determinada escolha ajudará a Amazônia. Na sua mente, vá para um local fora do tempo em que você encontre uma das vítimas do desmatamento. Aqui está um ativista ambiental sendo assassinado. Aqui está uma onça faminta cujo habitat se foi. Aqui está uma árvore enorme indo no caminhão para a fábrica de papel. Escolha um. Este ser olha nos seus olhos e diz: “O que você estava fazendo, meu amigo, enquanto eu estava sendo destruído?” Se você puder, olhe em seus olhos enquanto diz: “Eu estava cuidando de um bebê doente” ou “Eu estava dando almoços para pessoas sem-teto” ou “Eu estava protegendo as orcas” ou “Eu estava convertendo um campo morto e envenenado em uma floresta de alimentos através da permacultura”, então a alma desse ser ficará satisfeita com sua resposta, e você também, como se tivesse bloqueado as escavadeiras das madeireiras com seu próprio corpo. Isso porque o serviço a qualquer vida é serviço a toda vida.

O que mantém alguém ancorado nesta consciência de serviço à vida? Para mim são duas coisas. Primeiro, uma comunidade de pessoas que compartilhem o reconhecimento de que estamos aqui para prestar esse serviço. Segundo, a tristeza e a dor que sentimos pela perda de vida e beleza. Essa é outra razão para não morder a isca do ódio: ele é, para a dor, uma saída de escape.

Não estou dizendo que ódio e culpa são errados. Mas que eles exercem um magnetismo dissonante que interfere na agulha da bússola dos nossos corações, fazendo com que aponte na direção dos responsáveis por esses atos, que, na realidade, são apenas os sintomas. Não fique preso nisso. E não caia no desespero. São mentiras que dão um curto-circuito em nosso poder criativo.

Aqui está um conjunto de mantras que estou usando para manter a agulha da minha bússola apontando para um mundo curado. Compartilho-os na esperança de que um ou mais deles soem verdadeiros. Mesmo que esse som seja o de um pequeno sino em meio a uma cacofonia de cinismo, já é o bastante.

– Eu sou vida e estou aqui para servir a vida.

– Eu sei como servir a vida.

– Confio no que me cabe fazer.

– Eu sei que terei a coragem de dar cada passo que surgir.

– O que faço será suficiente, pois me submeto à coordenação de uma inteligência maior que me fala através do meu coração.

– Vou ser colocado onde eu for necessário para me unir melhor à cura total.

– Seres sagrados estão me observando e eu nunca estou sozinho.

– Uma vasta inteligência tece todas as coisas e está aqui agora.

Eu não sou melhor em sustentar esses mantras do que qualquer outra pessoa. Eu dependo de você, porque quanto mais pessoas tocarem cada um desses sinos, mais forte será a ressonância mórfica. Muito obrigado a todos que os tocam. Muito obrigado a todos que agem a partir deles, em uma oração viva. Muito obrigado a cada um de vocês que dá esse passo fora do comum, para que eu possa fazer o mesmo.


Previous: Kröningen
Next: Der Verschwörungs-Mythos

Filed Under: Portuguese, Translations Tagged With: Essay

Reader Interactions

Leave a Reply Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Primary Sidebar

All Essays

Peace-building

Time to Push

The Rehearsal is Over

Some Stuff I’m Reading

Beyond Industrial Medicine

A Temple of this Earth

The Sacrificial King

Words to a Young Man

How It Is Going to Be

What I’m doing here

Charles Eisenstein, Antisemite

Mob Morality and the Unvaxxed

Fascism and the Antifestival

The Death of the Festival

Source Temple and the Great Reset

To Reason with a Madman

From QAnon’s Dark Mirror, Hope

World on Fire

We Can Do Better Than This

The Banquet of Whiteness

The Cure of the Earth

Numb

The Conspiracy Myth

The Coronation

Extinction and the Revolution of Love

The Amazon: How do we heal a burning heart?

Building a Peace Narrative

Xylella: Supervillain or Symptom

Making the Universe Great Again

Every Act a Ceremony

The Polarization Trap

Living in the Gift

A Little Heartbreak

Initiation into a Living Planet

Why I am Afraid of Global Cooling

Olive Trees and the Cry of the Land

Our New, Happy Life? The Ideology of Development

Opposition to GMOs is Neither Unscientific nor Immoral

The Age of We Need Each Other

Institutes for Technologies of Reunion

Brushes with the Mainstream

Standing Rock: A Change of Heart

Transcription: Fertile Ground of Bewilderment Podcast

The Election: Of Hate, Grief, and a New Story

This Is How War Begins

The Lid is Off

Of Horseshoe Crabs and Empathy

Scaling Down

The Fertile Ground of Bewilderment

By Their Fruits Ye Shall Know Them

Psychedelics and Systems Change

Mutiny of the Soul Revisited

Why I Don’t Do Internet Marketing

Zika and the Mentality of Control

In a Rhino, Everything

Grief and Carbon Reductionism

The Revolution is Love

Kind is the New Cool

What We Do to Nature, We Do to Ourselves

From Nonviolence to Service

An Experiment in Gift Economics

Misogyny and the Healing of the Masculine

Sustainable Development: Something New or More of the Same?

The Need for Venture Science

The EcoSexual Awakening

“Don’t Owe. Won’t Pay.”

Harder to Hide

Reflections on Damanhur

On Immigration

The Humbler Realms, Part 2

The Humbler Realms

A Shift in Values Everywhere

Letter to my Younger Self

Aluna: A Message to Little Brother

Raising My Children in Trust

Qualitative Dimensions of Collective Intelligence: Subjectivity, Consciousness, and Soul

The Woman Who Chose to Plant Corn

The Oceans are Not Worth $24 trillion

The Baby in the Playpen

What Are We Greedy For?

We Need Regenerative Farming, Not Geoengineering

The Cynic and the Boatbuilder, Revisited

Activism in the New Story

What is Action?

Wasting Time

The Space Between Stories

Breakdown, Chaos, and Emergence

At This Moment, I Feel Held

A Roundabout Endorsement

Imagine a 3-D World

Presentation to Uplift Festival, 12.14.2014

Shadow, Ritual, and Relationship in the Gift

A Neat Inversion

The Waters of Heterodoxy

Employment in Gift Culture

Localization Beyond Economics

Discipline on the Bus

We Don’t Know: Reflections on the New Story Summit

A Miracle in Scientific American

More Talk?

Why Another Conference?

A Truncated Interview on Racism

A Beautiful World of Abundance

How to Bore the Children

Post-Capitalism

The Malware

The End of War

The Birds are Sad

A Slice of Humble Pie

Bending Reality: But who is the Bender?

The Mysterious Paths by Which Intentions Bear Fruit

The Little Things that Get Under My Skin

A Restorative Response to MH17

Climate Change: The Bigger Picture

Development in the Ecological Age

The campaign against Drax aims to reveal the perverse effects of biofuels

Gateway drug, to what?

Concern about Overpopulation is a Red Herring; Consumption’s the Problem

Imperialism and Ceremony in Bali

Let’s be Honest: Real Sustainability may not make Business Sense

Vivienne Westwood is Right: We Need a Law against Ecocide

2013: Hope or Despair?

2013: A Year that Pierced Me

Synchronicity, Myth, and the New World Order

Fear of a Living Planet

Pyramid Schemes and the Monetization of Everything

The Next Step for Digital Currency

The Cycle of Terror

TED: A Choice Point

The Cynic and the Boatbuilder

Latent Healing

2013: The Space between Stories

We Are Unlimited Potential: A Talk with Joseph Chilton Pearce

Why Occupy’s plan to cancel consumer debts is money well spent

Genetically Modifying and Patenting Seeds isn’t the Answer

The Lovely Lady from Nestle

An Alien at the Tech Conference

We Can’t Grow Ourselves out of Debt

Money and the Divine Masculine

Naivete, and the Light in their Eyes

The Healing of Congo

Why Rio +20 Failed

Permaculture and the Myth of Scarcity

For Facebook, A Modest Proposal

A Coal Pile in the Ballroom

A Review of Graeber’s Debt: The First 5000 Years

Gift Economics Resurgent

The Way up is Down

Sacred Economics: Money, the Gift, and Society in the Age of Transition

Design and Strategy Principles for Local Currency

The Lost Marble

To Bear Witness and to Speak the Truth

Thrive: The Story is Wrong but the Spirit is Right

Occupy Wall Street: No Demand is Big Enough

Elephants: Please Don’t Go

Why the Age of the Guru is Over

Gift Economics and Reunion in the Digital Age

A Circle of Gifts

The Three Seeds

Truth and Magic in the Third Dimension

Rituals for Lover Earth

Money and the Turning of the Age

A Gathering of the Tribe

The Sojourn of Science

Wood, Metal, and the Story of the World

A World-Creating Matrix of Truth

Waiting on the Big One

In the Miracle

Money and the Crisis of Civilization

Reuniting the Self: Autoimmunity, Obesity, and the Ecology of Health

Invisible Paths

Reuniting the Self: Autoimmunity, Obesity, and the Ecology of Health (Part 2)

Mutiny of the Soul

The Age of Water

Money: A New Beginning (Part 2)

Money: A New Beginning (Part 1)

The Original Religion

Pain: A Call for Attention

The Miracle of Self-Creation, Part 2

The Miracle of Self-Creation

The Deschooling Convivium

The Testicular Age

Who Will Collect the Garbage?

The Ubiquitous Matrix of Lies

You’re Bad!

A 28-year Lie: The Wrong Lesson

The Ascent of Humanity

The Stars are Shining for Her

All Hallows’ Eve

Confessions of a Hypocrite

The New Epidemics

From Opinion to Belief to Knowing

Soul Families

For Whom was that Bird Singing?

The Multicellular Metahuman

Grades: A Gun to Your Head

Human Nature Denied

The Great Robbery

Humanity Grows Up

Don’t Should on US

A State of Belief is a State of Being

Ascension

Security and Fate

Old-Fashioned, Healthy, Lacto-Fermented Soft Drinks: The Real “Real Thing”

The Ethics of Eating Meat

Privacy Policy | Contact

Charles Eisenstein

All content on this website is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License. Feel free to copy and share.

Celo: 0x755582C923dB215d9eF7C4Ad3E03D29B2569ABb6

Litecoin: ltc1qqtvtkl3h7mchy7m5jwpvqvt5uzka0yj3nffavu

Bitcoin: bc1q2a2czwhf4sgyx9f9ttf3c4ndt03eyh3uymjgzl

Dogecoin: DT9ECVrg9mPFADhN375WL9ULzcUZo8YEpN

Polkadot: 15s6NSM75Kw6eMLoxm2u8qqbgQFYMnoYhvV1w1SaF9hwVpM4

Polygon: 0xEBF0120A88Ec0058578e2D37C9fFdDc28f3673A6

Zcash: t1PUmhaoYTHJAk1yxmgpfEp27Uk4GHKqRig

Donate & Support

As much as possible I offer my work as a gift. I put it online without a pay wall of any kind. Online course contributions are self-determined at the time you register for each. I also keep the site clean of advertising.

This means I rely on voluntary financial support for my livelihood. You may make a recurring gift or one-time donation using the form below, in whatever amount feels good to you. If your finances are tight at all, please do not give money. Visit our contact page instead for other ways to support this work.

Recurring Donations

Note from the team: Your recurring donation is a resource that allows us to keep Charles doing the work we all want him doing: thinking, speaking, writing, rather than worrying about the business details. Charles and all of us greatly appreciate them!

One-Time Donation

Your gift helps us maintain the site, offer tech support, and run programs and events by donation, with no ads, sales pitches, or pay walls. Just as important, it communicates to us that this work is gratefully received. Thank you!

Cryptocurrency Donation

Hi, here we are in the alternate universe of cryptocurrency. Click the link below for a list of public keys. If your preferred coin isn't listed, write to us through the contact form.

View Keys



What kind of donation are you making?(Required)


Recurring Donation

We are currently accepting monthly recurring donations through PayPal; we use PayPal because it allows you to cancel or modify your recurring donation at any time without needing to contact us.


Choose what feels good, clear, and right.

One-Time Donation

We are currently accepting one-time donations with any major credit card or through PayPal.


Choose what feels good, clear, and right.
Donation Method(Required)

Name(Required)
Email(Required)